HISTÓRIA DA PARÓQUIA
1868 – Num terreno, a poucas centenas de metros acima da capela de São Carlos (atual Catedral), a Câmara reservou um quarteirão para ser uma futura praça. Por algum tempo ele ficou esquecido, para não dizer, abandonado, dadas as pendências jurídicas entre as sesmarias do Pinhal e do Monjolinho. A Câmara não podia tomar decisões e a Vila não podia crescer na direção norte. Trata-se da então Praça Rio Branco, a que atualmente abriga o Instituto de Educação Dr. Álvaro Guião.
1876 – Aos 11 de julho de 1876 o referido local continuava abandonado. Em nome de muitos devotos, Antônio Bonifácio de Moura requereu parte desse terreno para nele construir uma capela que seria dedicada a São Sebastião. No ano seguinte, dois missionários jesuítas vindos de Itu (PP. José Maria Mantero e Augusto Servanzi) pregaram missão de dez dias em S. Carlos e ergueram um cruzeiro próximo da pequenina e humilde ermida dedicada ao Santo. Umas cinco mil pessoas participaram da procissão. Era uma semente que germinaria no devido tempo. O local começava ser chamado de Largo São Sebastião, embora o nome oficial fosse Praça Rio Branco.
1890 – Início do ano: um temporal desabou sobre a região. Uma faísca vinda das nuvens carregadas incinerou o madeiramento da capela dedicada ao Santo. O resto da construção levantada com tanto sacrifício se tornou um monte de escombros.
1892 – A comunidade não se deixou abater. Estava disposta a reconstruir uma capela maior e com melhores condições para manter e irradiar a devoção ao grande Santo. O tenente Vicente Pereira da Silva Cabral coordenou a decisão comunitária. O construtor Aurélio Civatti não só garantiu a mão de obra como auxiliou com “um conto e 500 mil reis”. Os trabalhos começaram e caminhavam com as dificuldades inerentes a uma comunidade pequena e sem maiores recursos. No dia 21 de setembro de 1896, D. Joaquim de Albuquerque Cavalcanti, bispo da então “longínqua” S. Paulo, assinou a provisão, autorizando a obra que, provavelmente, já estava em andamento.
Mas, a capela acabou se transferindo para o seu atual endereço. Os pormenores são desconhecidos, pois os documentos disponíveis são omissos, quando não, discrepantes. Em vista do bem comum, a Diocese teria cedido a área para a Câmara que lhe deu em troca um terreno em lugar menos habitado “no meio do campo”, entre a Av. Dr Carlos Botelho, Rua da Palma (atual D. Pedro II), R. Vinte e Oito de Setembro e a Rua Belém (atual Rua Rui Barbosa). Aí, mais tarde, os devotos de S. Sebastião levantaram uma nova capela a ele dedicada, enquanto que, na Praça Rio Branco foi possível construir o prédio do Instituto de Educação.
OS JESUITAS
1910 – Nuvens carregadas e ameaçadoras pairavam sobre a Igreja, em Portugal. Prevendo perseguições, um grupo de Jesuítas, chefiado pelo Pe. Bento José Rodrigues, veio para o Brasil. Os religiosos evitavam aborrecimentos e disponibilizariam os seus préstimos numa região carente de clero. Em 1910 eles chegaram em S. Carlos. José Marcondes de Melo, primeiro bispo da Diocese, os acolheu, provisoriamente, na residência episcopal, esquina das ruas 13 de Maio e D. Pedro II. Destinou-lhes a área “cedida pela Câmara” como centro para as atividades pastorais dos religiosos recém chegados. Lá se estabeleceriam e atenderiam a população do bairro que era pouco habitado. Ao entorno da quadra havia uns casebres e algumas chácaras. Mas, o futuro era promissor. Na quadra cedida, a pequena capela de S. Sebastião estava em plena atividade.
1914/1915 – Mais rápido que o esperado, o projeto de ter no local uma igreja e um convento para os religiosos foi tomando corpo. O trabalho foi ingente: tanto que entre os anos 1914 e 1915 os Jesuítas passaram a residir no local. A quadra estava toda murada. Celebravam num salão que corresponde ao atual refeitório do convento. Entre orações e celebrações uma etapa tinha sido vencida.
1924 – A inauguração e a bênção da Igreja se deram no dia 14 de agosto de 1924. A celebração foi presidida por D. José Marcondes, bispo de S. Carlos. Além do grande número de devotos, de autoridades e do clero, o superior dos jesuítas, no Brasil, Pe. Gianella e o Pe. Du Dreneuf, superior do Colégio S. Luiz, S. Paulo, vieram para participar da alegria geral. Possivelmente, na mesma ocasião também foi abençoado o convento que, com a igreja, forma um todo harmonioso.
A igreja, de então, tinha uma única nave, a saber, a atual parte central. Só mais tarde recebeu as duas laterais nas quais estão as diversas capelas. A torre original era menor, mais modesta. Mesmo contando apenas com a nave central, de per si ampla, é possível imaginar o esforço de todos. O presbitério espaçoso, o altar-mor grandioso, os de Nossa Senhora Aparecida e de S. Sebastião, talhados no mesmo estilo, com gosto e arte, formam uma tríade harmoniosa. O conjunto mostra o esforço, a sensibilidade e o zelo e da comunidade. A primitiva porta de entrada, também de madeira entalhada, condizia com o que existia na igreja. Cada pormenor recebeu a devida atenção. Nada foi olvidado.
Os Jesuítas, propagadores da devoção ao Sagrado Coração, a ele dedicaram a Igreja. Daqui a sua imagem estar no altar principal, conforme a exigência canônica: can. 1201 § 2. Todavia, a população, como ainda acontece, a chamava de Igreja de S. Sebastião. Também o convento foi solidamente construído e, em perfeita harmonia com a igreja; janelas amplas, corredores largos, ventilados, iluminados. No andar superior havia quinze quartos arejados e claros, facilitando aos religiosos o repouso, o estudo, a reflexão, o trabalho e a oração.
Ambas as construções, igreja e convento, formam um todo equilibrado e que se completam. É impossível pensar um sem imaginar o outro. Devem ser contemplados e refletidos unitariamente. Mesmo sem ostentação os edifícios são graciosos e concebidos com esmero. A grandiosidade de ambos demonstra que as comunidades, quer a eclesial, quer a consagrada, eram coesas, decididas e de visão pragmática e abrangente.
Ambos os edifícios foram edificados pelo construtor Germano Fehr. Depois de 22 anos trabalhando em S. Carlos, os Jesuítas deixaram a cidade.
OS PASSIONISTAS
1932 – A Congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, cujos religiosos são conhecidos como Passionistas, foi fundada por S. Paulo da Cruz. Seu carisma é fazer Memória da Paixão, assim como propagar a devoção à Paixão de Jesus. Daqui o nome Passionista: de “passio”. Em 1932 veio para São Carlos, ou mais precisamente, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus e São Sebastião. Com as bênçãos de Deus e com o abnegado trabalho dos primeiros missionários, A Congregação se expandiu vicejante. As vocações floriam e as casas já não continham os religiosos. Pe. Lourenço Serafini, então Provincial, com a anuência do Superior Geral, pediu ao Pe. Cândido Ghiandoni que sondasse lugares entre Rio Claro e Araraquara para a abertura de um convento. O padre foi informado de que os Jesuítas estavam deixando uma casa e uma igreja recém construídas.
Permuta – Abrindo-lhes as portas, D. José Marcondes, bispo da cidade, manifestou desejo de ter, em sua diocese, os religiosos de S. Paulo da Cruz. Durante o Capítulo Geral Passionista, em Roma (1931), o Superior da Congregação aprovou a negociação e, aos três de fevereiro de 1932 foram assentadas as condições de compra e venda do imóvel entre os Passionistas e os Jesuítas. No dia 8 de setembro de 1932, e o Pe. Inácio Constanzo, com a devida procuração, assinou o contrato de compra e venda a ser pago em prestações. Valor da transação: duzentos e quarenta e oito contos de réis.
Primeira comunidade – Nos documentos de então consta que o Pe. Inácio deixou o convento do Calvário (S.Paulo), em junho de 1932, para ser superior em S. Carlos. Todavia, é provável que já estivesse em S. Carlos para receber os imóveis dos Jesuítas, e para preparar a chegada dos religiosos que comporiam a nova comunidade. Só depois foi a S. Paulo buscar os seus parcos pertences. Às doze horas do dia 13 de maio de 1932 (no mesmo dia da partida dos Jesuítas), desembarcaram, na estação ferroviária local, os primeiros Passionistas: Pes. João Bastista Ruscito e Tomás Vangosky, com os estudantes Eugênio Belotto, Luiz Secchi, Basílio Salvadori, Agostinho de Jesus Cardoso e Clemente Calderari. Eram teólogos e se ordenariam em S. Carlos no dia 28 de abril de 1934, então festa de S. Paulo da Cruz. Naquele mesmo ano chegaram, também, o Ir. João do Bom Jesus e o Pe. Alfredo do Menino Jesus.
1933 – Tomando posse da nova residência, os Passionistas passaram a usufruir de muitas benesses materiais, espirituais, formativos, deixados pelos Jesuítas e pela comunidade leiga local. Mas constataram que não poderiam ser meros fruidores: deveriam arregaçar as mangas. Foram tomando providências, completando, algo, aqui, alterando, ali, criando, acolá. Mas era de se vislumbrar o futuro. O bairro estava crescendo e, logo mais, os imóveis seriam caros, indisponíveis. Um lote vazio defronte a igreja chamou a atenção: poderia ser útil para as quermesses, festas da comunidade, pastoral, celebrações. O pedido do Capítulo local recebeu a anuência do Conselho Provincial de 23 de agosto de 1933. Esse foi o primeiro terreno entre dois outros que foram adquiridos posteriormente (em 1942 e 1949) e está na parte direita de quem nele entra. Futuramente nele foi construído o Salão S. Sebastião.
1934 – Como se falou, a igreja tinha uma única nave. Atualmente são três. De cada lado existem, agora, outras duas que abrigam quatro capelas cada uma. Duas delas, uma de cada lado, se sobressaem em tamanho: a de S. Paulo da Cruz e a de S. Antônio. Com isso, a igreja tem um formato de cruz. Tudo foi construído, em etapas, a partir de 1934. Oito altares de mármore, excluindo os da nave central, vitrais artísticos, dezenas de imagens de santos e de anjos passaram a ornamentar a igreja. Somente a Capela do Calvário tem quatro belas e artísticas imagens. Bem mais tarde foi adaptada uma ampla Capela do Santíssimo. A rede elétrica, então encontrada, foi substituída, ampliada; modificada a iluminação. A sacristia tornou-se maior.
1936 – Aos 8 de dezembro de 1936 foi inaugurado um grande salão para encontros e reuniões das associações. Os fundos desse salão davam para a Rua Rui Barbosa e vinha, pela Av. Dr. Carlos Botelho, até o início da Igreja. Posteriormente demolido, cedeu lugar para duas construções, sendo uma delas, para o “cineminha” paroquial.
1942 – Em 20 de dezembro foram abençoados os novos sinos. Um maior, o Sagrado Coração de Jesus (nota dó), um médio, o S. Paulo da Cruz (nota mi), e um menor, o S. Sebastião: nota sol. Um dos dois sinos antigos estava rachado. Ambos foram derretidos e refundidos. A ida deles para a fundição e seu retorno foram rodeados de cuidados especiais: o Brasil estava em guerra e o governo poderia apreendê-los, transformando-os em armas. Os três sinos foram abençoados no dia 20 de dezembro de 1942 e estreados na noite do Natal.
1943 – Mesmo sacrificando muitos dados históricos, é de se evocar o dia 2 de março de 1943: D. Gastão Liberal Pinto consagrou a igreja, assim como o altar de S. Paulo da Cruz. Em junho do mesmo ano foi concluída a pintura da igreja e do convento que pediam essa atenção, desde a construção das naves laterais. Ainda em 1943, sem ocultar sua euforia, o cronista anotava (a modernidade estava chegando) que fora adquirido um par de microfones, um “ampliador de quatro bocas de som”, assim como uma vitrola elétrica com “boca de som” para a torre da igreja.
A torre original da igreja era baixa e deselegante. Com a construção das naves laterais, evidenciou sua falta de graça. Foi remodelada, tornando-se mais esbelta com sua cobertura “ponteaguda”. No dia 14 de dezembro o novo relógio foi abençoado e, no Natal, à meia-noite, começou a marcar solenemente, a hora, para gáudio da maioria que, então, não dispunha pulseiras.
Entrementes, no interior do convento aconteciam adaptações, melhorias. A casa foi acrescida de uma nova ala para receber seminaristas, noviços. A vida de oração, de estudo, de atividades pastorais e apostólicas, continuava. Religiosos eram transferidos, mas outros chegavam dando continuidade às atividades existentes e criando novas.
A PARÓQUIA
1972 – É necessário ter presente que, em 1972, São Carlos era uma cidade de porte razoável. As poucas paróquias existentes eram mui populosas e de grande extensão geográfica. Surgia a interrogação: “Por que não transformar a São Sebastião em paróquia”? O Decreto da criação da Paróquia traz a data de 18 de março de 1972 e é assinado por D. Constantino. Seu território foi desmembrado e dividido do da Catedral. Isso demonstra como era grande a sua extensão territorial. Limites da nova Paróquia: “partindo do encontro da Rua Episcopal com o córrego Tijuco Preto, subindo por este até a R. Totó Leite, seguindo por esta que passa por trás das Fábricas Hero e de Tapetes, até a altura da R. S. Sebastião, seguindo por esta até encontrar a R. Episcopal, seguindo por esta até encontrar o córrego do Tijuco Preto que foi o ponto de partida”.
Ao ser abençoada por D. Marcondes ela foi, oficialmente, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus e a S. Sebastião “aeque primario”. A Igreja foi dedicada aos dois titulares. Os Jesuítas, propagadores da devoção ao Sagrado Coração, ao que se imagina, insistiram para que a Igreja fosse a Ele dedicada, mas, acataram a tradição e a devoção popular ao Santo. Explica-se, então como, mesmo se a igreja continuasse sendo invocada como de S. Sebastião, tivesse, no altar mor a imagem do Sagrado Coração.
Mas, aos 18 de março de 1972, a Igreja foi transformada em Paróquia. Sob que título? O Decreto da Criação, bem como a posterior retificação do documento, dirimem, na fonte, qualquer dúvida: “Elevamos a Igreja do Coração de Jesus e de São Sebastião à dignidade de Matriz e como sede da “Paróquia de São Sebastião”. Em outras palavras: os titulares da Igreja continuaram sendo o Sagrado Coração de Jesus e S. Sebastião. A Igreja, porém, foi transformada em Matriz sediando a “Paróquia de S. Sebastião”.
Pela provisão episcopal de 10 de abril de 1972, D. Constantino nomeou o Pe Sérgio Bonassa CP, como seu primeiro pároco. Aos 17 de abril de 1972 aconteceu a ereção canônica da Paróquia. Na ocasião o Pe. Sérgio assumiu a função de pároco. Um piedoso tríduo preparou os corações para a solenidade que foi presidida por D. Constantino. Padres, autoridades, leigos, devotos se fizeram festivamente presentes. O acontecimento teve repercussão oficial, na Cidade. Houve um almoço de 350 talheres.
1974 – Janeiro: sem maiores especificações se diz que teve início a construção do novo salão paroquial. Isso custou o sacrifício de um “excelente abacateiro de muitos metros de altura”.
1986 – É acatável que alguém faça restrições às qualidades artísticas, mas não deixa de ser uma obra grandiosa e que cai no gosto do povo. É o que se pode dizer da nova decoração pela qual passou a Matriz. Durante longo tempo os dois artistas se desdobravam para ornamentar a igreja com suas obras de arte. No dia 12 de agosto de 1986 a decoração foi abençoada em missa presidida por D. Constantino, com a presença do Pe. Paul M. Boyle, Superior Geral da Congregação, do Pe. Pedro Lain, Provincial, dos ex-párocos, outros padres e, logicamente, do Pe. Hildo e dos Paroquianos que lotavam a igreja. Merece registro, também, a inauguração da Capela do Santíssimo, no dia 19 de dezembro de 1986. Um salão conhecido como das flores foi bem aproveitado e adornado para orações pessoais, para visitas à Eucaristia. D. Constantino abençoou a capela.
1987 – 6 de agosto. Não sem especial esforço comunitário, foi apresentado o novo piso da igreja, substituindo o desgastado anterior que suportou décadas de uso. Na mesma ocasião foram colocadas placas de mármore e de lambris na parte baixa das paredes da igreja, na parte interna. O órgão passou por reforma.
1993 – No período boa parte das atenções se voltaram para a construção do edifício para o Pão dos Pobres. Foi enviada uma carta para a Alemanha (Adveniat) solicitando auxílio. A planta do edifício foi assinada pelo Pároco e pelo Dr Carlos Alberto Migliato. Em abril de 1993 chegou a primeira parcela do Adveniat em prol do edifício do Pão dos Pobres: 40.000 (dólares? Marcos?). No período subseqüente aconteceram reformas no salão de festas, até mesmo na calçada, assim como reformas na igreja.
2000 – Sem inauguração oficial, no dia 1º de julho, com a quermesse, foi entregue ao uso da Comunidade o novo salão paroquial que recebeu o nome “São Sebastião”. Ao lado da igreja foi levantado um salão com doações pessoais, campanhas paroquiais e auxílio do Adveniat (Alemanha).Todavia, por questões técnicas, jamais foi aprovado e concluído. Para sanar o problema de falta de espaço físico, a Província do Calvário, ao negociar o quintal do convento para a construção dos dois edifícios que nele foram construídos, condicionou que a construtora edificasse um salão. O piso térreo pode acomodar mais de 500 pessoas. O superior dispõe de quatro sanitários e oito salas. O edifício está para quem entra, na parte direita do terreno.
2002. Ao que parece, conseqüência da construção do edifício para o Pão dos Pobres e Pastorais, a nave direita para quem entra na igreja, estava se separando do corpo do tempo. O desabamento era iminente. Por meio de sofisticados recursos técnicos, o bloco foi forçado a voltar para o devido lugar. 28 de outubro de 2002: início da renovação total do telhado da igreja. No ano seguinte também a torre foi reformada ficando mais esbelta e apresentável. O piso de madeira, do presbitério, foi substituído por um de granito. Os artistas plásticos Pedro Perozzo e Lourival Bettelli trabalharam intensamente na restauração geral das pinturas de igreja. Os bancos antigos, doados à Cidade Aracy, foram substituídos por novos.
Párocos: PP. Eugênio João Mezzomo (1973-1977); João Maria Petenusso (1978-1984); Hildo (1984-1990); Joaquim Carlos Lopes Bogalhos (1990-1993); Antonio Luiz Heggendorn (1993-2001); Jairo D’Alba (2001-2006); José Rocha Cavalcanti Filho (2006-2010); Alcides Marques (2010-2017). O atual pároco, P. José Rocha Cavalcanti Filho, tomou posse no dia 19/10/2017.
Conclusão
As epopéias, ao serem descritas, podem deixar a impressão de serem fatos, acontecimentos e pessoas que se sucedem a esmo. Tudo sem alma, sem vida. Como se fora um rio imponente, majestoso a tudo levando de roldão, como se as coisas acontecessem maquinalmente, fatalisticamente. Não! A história da Paróquia deve ser encarada com olhar penetrante, aprofundado e humano. Em primeiro lugar está a graça divina a tudo fecuncar. A seguir, a correspondência de pessoas sensíveis, da Comunidade viva e palpitante: a que crê, que ama, que celebra, que serve. Constatou-se, na Paróquia S. Sebastião, como foram surgindo pessoas e atividades pastorais a tudo dinamizando: na liturgia, na pastoral sacramental (batismo, crisma, eucaristia, enfermos, matrimônio, penitencia, ordem), na administração, no governo. Os carentes jamais foram esquecidos, os enfermos, incorporados na vida comunitária. Não é de se olvidar os animados momentos festivos. A evangelização inicial e a catequese continuada sempre foram cuidadas pelos mais diversos meios, pelos mais inflamados agentes pastorais. No início, sob a inspiração das letras deixadas pelos Jesuítas, nas antigas portas da igreja: A.M.D.G. = tudo para a maior glória de Deus. Depois, os Passionistas com as letras JXP: a Paixão de Jesus Cristo. Logotipo a revelar que a Paixão de Jesus é a mais estupenda manifestação do amor do Pai para conosco. Amor a ser por todos vivenciado e irradiado, o único capaz de transformar os corações e a sociedade. Que prossigamos na caminhada herdada de nossos antepassados sob a égide de S. Sebastião.