Extremismo da caridade

Parte da homilia feita na celebração eucarística realizada na cidade do Cairo (Egito) – 29/04/2017

O Ressuscitado desaparece da vista deles, para nos ensinar que não podemos reter Jesus na sua visibilidade histórica: «Felizes os que creem sem terem visto!» (Jo 21, 29; cf. 20, 17). A Igreja deve saber e acreditar que Ele está vivo com ela e vivifica-a na Eucaristia, na Sagrada Escritura e nos Sacramentos. Os discípulos de Emaús compreenderam isto e voltaram a Jerusalém para partilhar com os outros a sua experiência: «Vimos o Senhor… Sim, verdadeiramente ressuscitou!» (cf. Lc 24, 32).

A experiência dos discípulos de Emaús ensina-nos que não vale a pena encher os lugares de culto, se os nossos corações estiverem vazios do temor de Deus e da sua presença; não vale a pena rezar, se a nossa oração dirigida a Deus não se transformar em amor dirigido ao irmão; não vale a pena ter muita religiosidade, se não for animada por muita fé e muita caridade; não vale a pena cuidar da aparência, porque Deus vê a alma e o coração (cf. 1 Sam 16, 7) e detesta a hipocrisia (cf. Lc 11, 37-54; At 5, 3.4). Para Deus, é melhor não acreditar do que ser um falso crente, um hipócrita!

A fé verdadeira é a que nos torna mais caridosos, mais misericordiosos, mais honestos e mais humanos; é a que anima os corações levando-os a amar a todos gratuitamente, sem distinção nem preferências; é a que nos leva a ver no outro, não um inimigo a vencer, mas um irmão a amar, servir e ajudar; é a que nos leva a espalhar, defender e viver a cultura do encontro, do diálogo, do respeito e da fraternidade; é a que nos leva a ter a coragem de perdoar a quem nos ofende, a dar uma mão a quem caiu, a vestir o nu, a alimentar o faminto, a visitar o preso, a ajudar o órfão, a dar de beber ao sedento, a socorrer o idoso e o necessitado (cf. Mt 25, 31-45). A verdadeira fé é a que nos leva a proteger os direitos dos outros, com a mesma força e o mesmo entusiasmo com que defendemos os nossos. Na realidade, quanto mais se cresce na fé e no seu conhecimento, tanto mais se cresce na humildade e na consciência de ser pequeno.

Queridos irmãos e irmãs, Deus só aprecia a fé professada com a vida, porque o único extremismo permitido aos crentes é o da caridade. Qualquer outro extremismo não provém de Deus nem Lhe agrada.

Ira

Texto de P. Alcides Marques, CP

A ira ou cólera é um dos sete pecados capitais. É o mais perigoso de todos, pois pode levar à destruição física ou moral de uma pessoa. Quantos crimes já aconteceram impulsionados pela ira?

A ira está ligada ao impulso de agressividade presente em todo ser humano e também nos animais. Trata-se da resposta emocional ao fato de estarmos sendo agredidos direta ou indiretamente (outra pessoa). Vejamos o caso de uma agressão física: ou nós revidamos a agressão (quando podemos) ou nós nos submetemos a agressão (quando não podemos). Nos dois casos, mas, especialmente no segundo, haverá o desenvolvimento de um sentimento de ira que vai se manifestar em desejos destrutivos em relação ao agressor.  Tal impulso não é necessariamente negativo, pois brota da nossa própria natureza. O problema é quando tal impulso não é controlado por nós e nós nos deixamos levar por ele. E assim os desejos destrutivos acabarão se transformando em atos destrutivos. Em lugar da justiça, vai prevalecer a vingança. Continue lendo “Ira”

Ser, para viver e agir

Texto de P. Mauro Odoríssio, CP

As Leituras Litúrgicas do 1º Domingo  da Quaresma são vivíssimos apelos a uma vida nova, à conversão que não é mera passagem de uma “religião para outra”. Bem ao contrário, é solicitação  de crescimento  diuturno de estado de menor para maior perfeição.  E nem poderia ser diferente, uma vez que a finalidade última do cristão é “ser perfeito como o Pai Celeste o é” (Mt 5,48).

O grito suplicante lançado pelo Salmista  há milênios chegou vivíssimo aos corações dos que participaram da Eucaristia: “Purificai-me… lavai-me todo inteiro… apagai a minha culpa…. criai em mim um coração que seja puro” (Sl 51[50],3-4.12). Continue lendo “Ser, para viver e agir”

Semana Santa

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA

30/03 –     QUINTA-FEIRA
19:30 – Confissões na Igreja (presença de vários padres)

09/04 – DOMINGO DE RAMOS (Coleta da fraternidade)
09h – Procissão e Missa de Ramos
19h – Missa com bênção de Ramos
N.B. Não haverá a missa das 07:30 e a das 10:00 será antecipada para as 09:00

10/04 – SEGUNDA-FEIRA SANTA
18:30 – Ofício da Traição
19:00 – Missa Continue lendo “Semana Santa”